Os deputados do PSD do distrito de Setúbal acusam o Governo de ignorar os alertas que têm sido feitos para a falta de assistentes operacionais nos Agrupamentos de Escolas de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém.
“Desde janeiro que têm sido feitos apelos ao Governo para que resolva esta situação, cada vez mais insustentável e que ameaça o normal funcionamento das escolas. Os deputados do PSD solicitaram ao ministério da tutela respostas sobre esta questão, nomeadamente o que o ministro pensa fazer para resolver a situação e quais as medidas que estão previstas”, diz o deputado Pedro do Ó Ramos.
“Contudo, a resposta que recebemos do ministério foi uma mão cheia de nada. Não nos foi dado qualquer dado conclusivo. Apenas se limitaram a dizer, em resposta à nossa pergunta regimental, o número de funcionários que está alocado ao Agrupamento. Daí depreende-se a falta de vontade que o Governo tem na resolução desta situação”, adianta.
Segundo Manuela Teixeira, diretora do Agrupamento de Escolas de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, cerca de um terço dos funcionários deste agrupamento continua ausente, a maioria por baixa médica.
Para colmatar este problema da ausência de funcionários, a diretora disse que teriam de ser contratadas pelo menos mais 10 pessoas, defendendo ainda a necessidade de serem constituídas “juntas médicas” para avaliar os casos de baixa médica prolongada, pois desde janeiro de 2016 que não há uma única junta médica no Alentejo.
Esta situação chegou inclusivamente a gerar protestos em janeiro, levando então os pais dos alunos a concentrarem-se em frente à Escola Secundária Padre António Macedo.
“Este é um problema que poderá agravar-se nos próximos tempos, caso o ministério não encontre uma solução definitiva”, considera Pedro do Ó Ramos.