A taxa de desemprego estimada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o mês de fevereiro foi de 14,1%, um aumento de três décimas face aos 13,8% de janeiro, e um regresso a valores acima dos 14% da população ativa, uma barreira que tinha sido cortada em julho do ano passado, avançou, esta segunda-feira, o INE.
O INE dá conta de que a “população desempregada foi estimada em 719,6 mil pessoas, o que representa um acréscimo de 1,7% face a janeiro de 2015 (mais 11,7 mil)” e que “a população empregada foi estimada em 4,399 mil pessoas, diminuindo 0,3% (menos 11,1mil) face ao mês anterior”.
De acordo com a União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN, em fevereiro de 2015 “a taxa de desemprego no Distrito de Setúbal registou um valor de 16,5%”, ou seja, existem 60.302 desempregados inscritos nos Centros de Emprego do distrito.
Relativamente ao mês anterior, verificou-se, segundo a USS, “um aumento da percentagem do desemprego dos desempregados jovens e dos com habilitações académicas superiores”.
“A tendência de aumento do desemprego que se está a verificar no início deste ano, deita por terra as afirmações do governo do PSD/CDS quanto à sua melhoria, que objectivamente era uma situação conjuntural a par da utilização dos desempregados como mão-de-obra barata, quer com os chamados ‘estágios profissionais’ quer como os programas de ‘emprego-inserção’”, afirmam os sindicalistas, reiterando que “a necessidade da ruptura com a política deste governo e a construção de uma alternativa de esquerda e soberana que faça sair o país do caminho do desastre é cada vez mais um imperativo nacional”.