A partir da próxima segunda-feira, e durante dois meses, será mais difícil atravessar o Tejo na hora de ponta matinal, entre o Barreiro e o Terreiro do Paço. Em declarações exclusivas ao Distritonline, a Transtejo explica que vão ocorrer perturbações porque “para cumprir os horários do período de ponta da manhã são necessários sete navios” e a empresa, a partir do dia 3 de novembro, terá “apenas seis barcos disponíveis”.

No período de ponta da tarde, a Transtejo acredita que “a situação, em princípio, não se coloca”, já que são necessários para cumprir os horários apenas 6 navios, número de unidades disponíveis.

A empresa, responsável pelas ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, refere que esta situação deve-se ao “adiamento de ações de Manutenção Planeada, que foram devida e atempadamente programadas e orçamentadas, sejam docagens para Renovação de Certificados de Navegabilidade, requisitos exigidos pelas Autoridades Marítimas e pelas Entidades Classificadoras, seja o adiamento de ações de manutenção previstas nos programas de manutenção das Máquinas principais, por horas de funcionamento”, acrescentando que todas estas ações estavam “naturalmente e devidamente planeadas, incluindo o lançamento dos respetivos processos concursais e já com os respetivos resultados. Adjudicações ficaram pendentes a aguardar despacho a pedidos de Alteração Orçamental, devido aos constrangimentos impostos pela Lei OE e os inerentes à Lei dos Compromissos”.

Segundo a Transtejo “foi preparado um Plano de Contingência, que prevê a utilização de outro navio do Grupo TRANSTEJO, apesar de capacidade inferior (300 a 500 lugares), mas sem garantia de continuidade, devido aos quase 20 anos de idade deste tipo de navios e à eventual necessidade de substituição nas outras Ligações da Transtejo, que tem outros dois navios indisponíveis”.

Caso exista algum problema com um dos 6 navios, a empresa acrescenta que “será analisada a situação tendo em conta a frota disponível no Grupo TRANSTEJO e os níveis de procura”.