Os deputados do CDS Nuno Magalhães, Telmo Correia e Vânia Dias da Silva querem esclarecimentos da tutela sobre as alegadas falhas na Central Sul do 112.

 

Numa pergunta dirigida ao Ministro da Administração Interna, os deputados querem saber se se confirma a falta de operadores na Central Sul do 112, se, a ser verdade, o ministro pode garantir que não está posto em causa o socorro urgente e em tempo útil, nomeadamente nas chamadas que são reencaminhadas para o INEM e, ainda, que medidas foram já tomadas com vista a resolver esta situação e devolver a normalidade ao atendimento da linha 112.

 

Nos últimos dias vieram a público várias notícias que dão conta de que a linha de emergência 112 não estará a funcionar com o número de operadores necessários à resposta urgente das chamadas.

O atendimento que seria feito em seis segundos (média) pode estar a ultrapassar os três minutos, havendo já relatos de pessoas que, alegadamente, ligaram para o 112, nos últimos dias, e perante a falta de resposta acabaram por desistir.

 

E também relatos de pessoas que, apesar de terem conseguido falar com os operacionais que estão na Central Sul do 112, estiveram entre 15 e 20 minutos à espera.

 

De acordo com informações veiculadas pela comunicação social, a Central Sul do 112, localizada em Oeiras, e que dá resposta a nove distritos do País – Santarém, Portalegre, Évora, Faro, Beja, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Setúbal –, em muitos dias do mês de agosto terá apenas três a quatro operadores para todas as chamadas de emergência, cerca que chegam podem chegar às dez mil por dia.

 

Na primeira quinzena de agosto há turnos em que o número de operacionais não passa(rá) dos cinco ou seis, sendo que o ideal seria um turno com 12 operacionais.

 

O tempo de resposta da linha 112 pode ser a diferença entre a vida e a morte, pelo que não é admissível haver falta investimento em meios humanos naquilo que é um ponto nevrálgico de todo o sistema de socorro.

 

Tendo em conta que cerca de 60% das 1,3 milhões de chamadas recebidas no 112 são alertas para o INEM, o CDS-PP considera muito graves os factos revelados nos últimos dias e entende ser da maior urgência obter cabais esclarecimentos por parte do Senhor Ministro da Administração Interna.