Num mundo onde somos bombardeados com cada vez mais informação, através dos mais diversos meios e locais, é compreensível que nos olvidemos de algumas coisas sem importância. Há quem se esqueça de cumprimentar um simples “empregado”, quem se esqueça que todos os jogos são importantes (especialmente aqueles que podem vir a decidir o título) e outros ainda que dizem ter-se esquecido, ou até que desconheciam, que o pagamento de impostos é obrigatório. Esta semana decidimos ir ao encontro dos três maiores esquecidos da actualidade para tentar saber o que eles têm a dizer em sua defesa.

 

TOP – Ups, esqueci-me…

 

3º lugar:  Barack Obama.

Recentemente o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, entrou a bordo de um helicóptero militar e esqueceu-se de cumprimentar o oficial que lá estava para o receber à porta. No entanto, logo após ter entrado dentro do helicóptero, Barack Obama voltou atrás e cumprimentou-o com um caloroso aperto de mão. Até aqui tudo normal, o problema foi que nós descobrimos que isto já não era a primeira vez que acontece. Vai daí decidimos ir falar com ele para saber o porquê desta sua reacção…
«Hy Estapafúrdios. Eu quero que vocês saibam (that you know) que eu não me esqueci, (I not esquecise) coisa nenhuma. O facto de eu não ter cumprimentado (cumprimentaded), aquele militar (militate), foi mesmo porque estava cheio de medo dele (with cagufeite of him). Quando eu estava prestes a entrar no avião (board in the plaines) o tipo levantou a mão e eu desatei a correr (doing the running), não por esquecimento (not because esquecisate) mas apenas porque tive medo (more cagufeite) que ele me arrefinfasse (arrefinfate) um calduço. Sabem, isto é um trauma do tempo de escola (time of school), em que nos intervalos jogávamos às fileiras. Sabem o que é o jogo das fileiras (fyleirias), não sabem?! É uma brincadeira onde existe um corredor, com jovens em ambos os lados (both sides) e nós passamos no meio, enquanto apanhamos imensos calduços (calducions)! Desde os meus tempos de infância (times of childhood) que sempre que vejo um tipo a levantar a mão (put your hands up in the air) eu corro que nem gente grande (run like Peter Crouch)!»

(Com que então o menino Obama tem medo de levar tau-tau (spanky-spanky)… Ai, ai… Espera só até a Primeira Dama ver as 50 Sombras de Grey (the 50 Shades of Grey) e vais ver como é que elas mordem (they mordation). Ai vais, vais… (another one bites the dust…))

 

2º Lugar: Marco Silva.

O treinador do Sporting foi considerado o grande culpado pela pesada derrota por 3 bolas a 0, frente ao seu rival F.C. Porto, no passado Domingo. Marco Silva foi acusado de ter feito uma má gestão da equipa, tendo em conta que se “esqueceu” que tinha jogadores muito mais frescos no banco de suplentes, do que aqueles que decidiu pôr a jogar de início. O Estapafúrdios do Quotidiano foi falar com o Mister e descobriu que nem sempre tudo aquilo que parece, é…

«Eu já disse e torno a dizer, o Mister sou eu, quem manda aqui sou eu! Não o outro… Especialmente quando ele não está no banco. Quero lá eu saber de Capel, Mané, ou outro qualquer choné… Joga quem quero e mais nada. Ora digam-me lá, quando os senhores vão às compras não compram a fruta que querem? Só trazem fruta fresca, ou também trazem madura?! Ah, pois é… Comigo tudo que é fruta marcha! E se querem que vos diga, eu é que faço bem em comer fruta. Os meus jogadores põem-se a comer queijo, que nem umas ratazanas, e depois esqueceram-se que havia um Tello no… aaa… No… aaa… Com quem é que jogámos mesmo?»

(Sim Marco, deu para perceber que tu és um tipo que aprecia boa fruta. Só não conseguimos foi perceber quanta fruta é que o Pinto da Costa te deu para te esqueceres que estavas a jogar contra o FC Porto…)

 

1º Lugar: Passos Coelho.

O primeiro lugar, do pódio dos mais esquecidos, vai para o nosso “querido” Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. O shô Primeiro olvidou-se de pagar as contribuições para a Segurança Social entre 1999 e 2004. Este esquecimento (ou suposto “desconhecimento”) da sua obrigação foi agora tornado público e por isso decidimos ir falar com ele para tentar saber quais os motivos da sua falta de memória…

«Isto não se percebe! Então mas eu não sou o Primeiro-Ministro?! Então agora os políticos também têm de pagar as suas dívidas?! Em que raio de país é que nós estamos? Isto não é Portugal, seguramente… Quando me convidaram para vir roubar, perdão, vir comandar esta gente, uma das coisas que me disseram logo foi que os políticos não pagavam nada! Muito pelo contrário! Que podíamos até ser pagos para estar aqui a roubar, perdão, a pedir emprestado aos contribuintes. Depois ganhávamos umas férias pagas em Paris, onde poderíamos tirar um curso de Filosofia. E agora é isto?! E a seguir, o que virá? Vão dizer-me que tenho de pagar IVA, IUC, IMI, não?! Vejam lá se não querem também que eu comece a entregar o… O… Ai! Esqueci-me do nome… Ah, sim! O IRS… Todos os anos, não?! Ó, pelo amor da Santa… Isto não se admite! Agora tenho de ir que esqueci-me de pagar a conta da mercearia deste mês. E agora… Hum… O que é que eu estava a dizer? Hum… Esqueci-me…»

(Não te preocupes, querido Passos, pelo andar da carruagem não tarda nada deixas de pagar seja o que for. O Super Juiz Carlos Alexandre manda-te para o pé do teu amigo Sócrates e depois vão poder passar uma longa temporada a debater filosofia com um grupo de pulgas amestradas…)

 

Texto escrito por: Gil Oliveira & Ricardo Espada

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