Depois da recuperação da Fortaleza de Santiago, edificada no século XVII, a Câmara Municipal vai avançar para a instalação de um museu dedicado ao mar, que inclui também a valorização do atual mercado do peixe.

O museu do mar será construído na sequência da aprovação da candidatura apresentada pela Câmara Municipal à Ação 3 do Programa Operacional Pesca (GAC- Além Tejo), intitulada “Programa de Valorização do Património Piscatório de Sesimbra: Instalação do Museu do Mar e da Pesca e suas Componentes”.

Orçada em 500 mil euros, a candidatura vai beneficiar de uma comparticipação de aproximadamente 50 por cento do valor total, cabendo à autarquia assegurar a verba restante para as intervenções a realizar, que deverão estar concluídas até ao próximo verão.

Tal como o nome indica, trata-se de um projeto integrado de promoção da identidade cultural da comunidade, muito associada ao mar e à pesca, que será concretizado através de um conjunto de ações que incluem aquisição de equipamento e instalação do Museu do Mar na Fortaleza e requalificação e modernização das instalações do Mercado Municipal.

No que respeita à Fortaleza, a operação centra-se fundamentalmente na musealização dos vários espaços, que reunirão peças ligadas à história da pesca em Sesimbra, documentos históricos e testemunhos iconográficos associados às memórias coletivas, que serão complementados com meios audiovisuais e estruturas de apoio ao visitante.

Uma segunda componente prende-se com a valorização do pescado capturado pela frota de pesca sesimbrense.

A operação consiste na transferência das bancas de peixe para a zona sul do piso térreo, o que melhorará as condições de higiene e segurança e aumentará a visibilidade do pescado. As bancas atualmente existentes nesta zona serão transferidas para a parte norte do mercado. Já a zona da cave, onde atualmente funciona o mercado do peixe, ficará afeta aos serviços logísticos e à realização de iniciativas e ações de formação relacionadas com a valorização do pescado e tradições locais.

No decorrer das obras, a autarquia vai ainda proceder à remoção da atual cobertura da zona norte do mercado, substituindo-a por outra em chapa, com isolamento térmico e acústico, e claraboia, para proporcionar iluminação e ventilação naturais