O Deputado Municipal do CDS-PP no Seixal, Humberto Batardo, acusa o Partido Comunista e a restante oposição de obstaculizarem a sua Moção de Censura à Câmara Municipal.
Para Humberto Batardo, e para o CDS-PP Seixal, o que aconteceu ontem à noite na sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Seixal, foi uma autêntica farsa, onde os protagonistas principais, pela negativa, foram o Partido Comunista, enquanto partido que suporta naquele órgão o executivo camarário do Seixal, e os restantes partidos da oposição que tudo fizeram para que o documento não fosse levado a discussão e a votação, bem como, ainda, o próprio Presidente da AM, que se excedeu naquelas que devem ser as suas funções e interpretou de forma abusiva o Regimento do órgão a que presidente.
Segundo o deputado municipal do CDS-PP, “ou o senhor Presidente da Assembleia Municipal teve uma atitude irrepreensível e fez o jeito à bancada do seu partido, o que é muito grave, ou então desconhece o próprio Regimento, o que não deixa de ser preocupante e revelador de que não tem capacidades para exercer o mesmo”.
O CDS-PP Seixal tomou a decisão de apresentar a Moção de Censura, de forma ponderada, junto dos seus órgãos, entendendo que a Câmara do Seixal e o executivo comunista não têm mais condições para estar à frente dos destinos do município. São anos atrás de anos de má gestão, com dívidas que se foram acumulando de executivo em executivo, culminando agora com o relatório do Tribunal de Contas, que espelha bem a falta de rigor e o endividamento que esta Câmara comunista está a deixar aos seixalenses.
E é por isso, em nome da transparência da gestão pública, mas sobretudo, em nome da Democracia e na defesa dos seixalenses, que o CDS-PP entendeu que era altura de censurar a Câmara Municipal, numa espécie de cartão amarelo perante tantos factos que envergonham um concelho que, com tantos recursos desperdiçados, aguarda um dia vir a ser um concelho virado para as pessoas. O cartão vermelho, espera o CDS-PP, tem que ser dado em 2017, aquando das eleições autárquicas.
Ainda na opinião de Humberto Batardo, não foram tidos em conta os preceitos democráticos e de transparência política, ao obstaculizar-se um documento tão importante como uma Moção de Censura. Para o CDS-PP, tal decisão só demonstra bem o medo que o executivo comunista, e o seu presidente Joaquim Santos, têm em enfrentar a realidade, tal como têm medo de a discutir em público e nos órgãos criados para o efeito.
E também a oposição, acrescenta o deputado municipal, apenas quer apanhar a boleia, não convivendo bem com a ideia de um partido como o CDS-PP se ter adiantado na contestação à má gestão da Câmara do Seixal. Para o oportunismo político, os seixalenses não contarão com o CDS-PP, razão pela qual Humberto Batardo se recusou a retirar a Moção.
Humberto Batardo assegura aos seixalenses que podem continuar a contar com o CDS-PP Seixal para uma oposição cada vez mais forte, mais convicta e empenhada em mudar o rumo do concelho.
No que respeita à violação do Regimento por parte do Presidente da Assembleia Municipal, o CDS-PP ainda está a ponderar a forma de restituir a verdade aos seixalenses, pois é este tipo de atitudes por parte dos altos responsáveis políticos do concelho que descredibiliza cada vez mais os autarcas, afastando as pessoas da política, percebendo-se bem o porquê de mais de metade dos seixalenses se absterem nas eleições autárquicas.