Os deputados do CDS Nuno Magalhães, Hélder Amaral e Pedro Mota Soares questionaram o Ministro do Ambiente sobre o aumento da degradação das condições de navegabilidade dos navios que efetuam a travessia entre as duas margens do Rio Tejo, Cacilhas-Cais do Sodré.
Na pergunta enviada à tutela, os deputados centristas querem confirmação de que apenas existem, de momento, 15 navios a operar com as condições mínimas exigidas, de um total de t30 navios destinados para o efeito, e se existem navios a efetuar a travessia sem certificado de navegabilidade. Em caso afirmativo, o CDS quer saber como pretende o Ministério do Ambiente resolver o problema.
Os deputados do CDS questionam ainda o Ministro sobre se este considera ou não que a manter-se o atual problema, não só fica em causa um adequado serviço público prestado pela Transtejo aos utentes, como se coloca em risco a sua segurança e, ainda, se o Ministério do Ambiente tem conhecimento do desagrado e alertas manifestado pelos trabalhadores da Transtejo relativamente a este problema.
O transporte fluvial é um meio de transporte usado quotidianamente em movimentos pendulares por milhares de utentes que fazem a travessia entre as duas margens do Rio Tejo, Cacilhas- Cais do Sodré.
A segurança dos utentes, até pelas características do meio de transporte, deverá ser uma prioridade e estar plenamente salvaguardada dentro daquilo que são as normas estabelecidas para a operacionalidade deste tipo de navios, nomeadamente, a manutenção das embarcações, as normas de segurança e o certificado de navegabilidade.
Metade das 30 embarcações da Transtejo encontram-se inoperacionais, sendo que apenas 15 estão, de momento, em condições adequadas para efetuar essa travessia.
Dessas 15, sete estão em risco iminente de revelar problemas de navegação, o que, a confirmar-se, criará graves problemas ao normal funcionamento da navegabilidade entre as duas margens
As populações da Margem Sul, nomeadamente do concelho de Almada, têm vindo ao longo dos tempos a manifestar uma profunda preocupação pela degradação das condições de segurança das embarcações, pelas carreiras suprimidas e pelos horários em atraso e sem coordenação com os restantes meios de transportes complementares.
A nova administração da Transtejo comprometeu-se a dar resolução a todos os problemas que a empresa enfrenta e devolver o normal funcionamento das travessias sobre o Rio Tejo, tal como a garantir as condições de segurança dos seus utentes.
Os utentes exigem da Transtejo a resolução urgente do problema, em concreto o restabelecimento das carreiras suprimidas e as condições de segurança adequadas ao tipo de transporte em questão.