O Partido Comunista Português receia a eventual redução dos serviços públicos prestados pela Segurança Social, tendo questionado o Governo quanto ao seu plano de reorganização da Segurança Social no distrito de Setúbal, anunciou hoje aquele partido.

Na sequência da referida reorganização, o Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal, segundo os deputados comunistas, “deixou de realizar os atendimentos no âmbito da ação social e do rendimento social de inserção nas instalações de outras entidades, designadamente as juntas de freguesia, concentrando-os nas instalações próprias da Segurança Social em Setúbal, Amora (Seixal), Almada, Barreiro, Montijo e Alcácer do Sal”.

Para o PCP, esta reorganização só vem demonstrar que “os trabalhadores da Segurança Social que foram encaminhados para o processo de requalificação eram necessários para a prestação de serviços públicos de qualidade e proximidade” e o processo “insere-se na estratégia do Governo de reconfiguração do Estado e de desmantelamento das funções sociais do Estado e dos serviços públicos de proximidade e de qualidade”.

Nesse sentido, os deputados do PCP, Paula Santos e Francisco Lopes, quiseram saber como justifica o Governo a reorganização dos serviços da Segurança Social no Distrito de Setúbal e como avalia a acessibilidade das populações aos serviços públicos da Segurança Social, se este não considera que a existência de uma rede de serviços públicos da Segurança social de maior proximidade é benéfica para as populações e pondera reconsiderar este processo de reorganização de serviços e adequar a rede de serviços públicos da Segurança Social no Distrito de Setúbal, alocando os meios humanos, financeiros e materiais às necessidades da população.