O Secretariado da Federação Distrital de Setúbal do PS, em comunicado, teceu duras críticas à administração da CDU no distrito de Setúbal, particularmente nos municípios de Sesimbra, Grândola, Moita, Setúbal, Alcochete e Palmela, que serão alvo de retenções nas verbas mensais disponibilizadas pelo Estado devido às dívidas a fornecedores.
Para a entidade socialista, a CDU tem “contribuído para a degradação da vida política e social” e para a falência das empresas “a quem não paga, em particular as pequenas empresas”.
Leia o comunicado na íntegra:
“O Poder Local Democrático enfrenta enormes dificuldades financeiras, por um lado, com a redução das verbas transferidas do Orçamento de Estado e, por outro lado, com o decréscimo das receitas próprias dos municípios, decorrente da situação económica e financeira imposta pelas políticas de austeridade sem fim e limite que o governo do PSD/CDS tem vindo a adotar. Neste quadro, cabe aos autarcas mostrarem que são diferentes nas políticas e na gestão dos bens e dinheiros públicos, elegendo prioridades de gestão, cumprindo e honrando os seus compromissos com as empresas que contratam, para a prestação de bens e serviços e outros. Se assim não acontecer, quem sofre são os munícipes com o agravamento da carga fiscal municipal e o aumento do custo dos serviços prestados às populações que o município endividado, para além da sua capacidade de endividamento, vai ter que fazer.
Ora, no distrito de Setúbal, no nosso distrito, são vários os municípios a quem o Governo vai reter as transferências do Orçamento de Estado para pagar aos respectivos credores. De retenção imediata Sesimbra, Grândola e Moita; em fase de ultimar a retenção encontram-se Setúbal, Alcochete e Palmela. As maiores verbas a reter são Setúbal com 4,4milhões de euros, Sesimbra com 1,4 milhões e Alcochete com 826 mil euros.
Como podemos constatar a gestão da CDU é, nalguns casos, um verdadeiro descalabro como por mais de uma vez denunciámos.
A Federação Distrital do PS lamenta que a CDU continue a enganar os cidadãos, dizendo uma coisa e fazendo outra, contribuindo para a degradação da vida política e social levando ao desemprego, falência das empresas a quem não paga em particular as pequenas empresas e para o descrédito das instituições e da vida pública e política.”