A LAUAK, multinacional francesa do setor aeronáutico, iniciou um processo de despedimento coletivo de mais de 250 trabalhadores nas fábricas de Setúbal e Grândola, 197 em Setúbal e 55 em Grândola, que estará concluído até ao fim de Julho e que irá abranger nalguns casos, casais e famílias inteiras
Devido à forte procura de encomendas, esta multinacional, que tem como seu cliente a AIRBUS, gigante europeia da aeronáutica, fez em 2019, um investimento de 32 milhões de euros, para a sua nova unidade em Grândola. Este investimento contou com apoio público através do Programa Operacional COMPETE 2020. O apoio de 7,9 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) que a empresa recebeu era justificado pela criação de novos postos de trabalho, alguns deles altamente qualificados. Este investimento foi também negociado ao abrigo do Regime Contratual com a AICEP.
Esta é uma empresa com mão-de-obra qualificada que é importante manter no nosso distrito, pelo que a redução de postos de trabalho agora prevista, preocupa em muito o Bloco de Esquerda, não se justificando, na nossa opinião, esta medida que irá contribuir para acentuar a atual crise económica, social e de emprego nestes dois concelhos.
Perante este quadro, o Bloco de Esquerda, pediu, através das deputadas eleitas pelo distrito de Setúbal, Joana Mortágua e Sandra Cunha, uma reunião com carácter de urgência à Administração da LAUAK, reunião esta que se irá realizar, na próxima sexta-feira, dia 19 de junho, pelas 16:30 horas.
O Bloco de Esquerda manifesta a sua solidariedade a todos os trabalhadores da LAUAK, em particular aos trabalhadores abrangidos por este despedimento coletivo, e irá desenvolver todos os esforços para a sua suspensão.
Setúbal, 17 de junho de 2020
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