Os portugueses estão a pouco mais de duas semanas de uma opção decisiva. Após três anos de crise da auto-estima, de recessão económica, de aumento do desemprego e de retrocesso relativamente ao nível médio europeu raramente as opções foram tão claras.
Só o PS e o PSD constituem alternativas para a formação de Governo. Os restantes partidos discutem o terceiro lugar e o peso na formação de opções legislativas apostando tudo na inexistência de uma maioria absoluta do PS.
Se os três anos de governação PSD/PP colocaram Portugal na situação mais complexa desde a adesão à União Europeia, a hipótese de continuidade do modelo de gestão de Santana Lopes constituiria um pesadelo que nem a maioria dos tradicionais eleitores do PSD estão dispostos a suportar.
Cabe assim a José Sócrates e ao PS a grande responsabilidade de conseguir a retoma da confiança dos portugueses e da capacidade de criação de riqueza pelas empresas. Após 6 semestres de recuo do PIB estamos hoje mais pobres do que em 2001, a dívida pública agravou-se e os sacrifícios exigidos para combater o défice revelaram-se inúteis com a mascarada das receitas extraordinárias.
É indispensável relançar a esperança e tal só é possível com uma equipa governativa credível e com a retoma da confiança das empresas. O regresso a um crescimento económico superior à média europeia é a maior forma de criar riqueza e redistribui-la de forma a combater as injustiças sociais.
A recuperação dos 150 mil empregos perdidos nos últimos três anos e dar dignidade aos idosos pobres são prioridades de uma política solidária para a qual as pessoas estão em primeiro lugar.
Entre 1995 e 2001 Portugal desenvolveu-se apostando na educação, na competitividade das empresas e na criação de infra-estruturas rodoviárias que permitiram alterar totalmente as condições de mobilidade em todo o País.
Importa agora fazer uma aposta decidida na inovação tecnológica e na qualificação das pessoas de forma a que até 2010 Portugal possa sofrer um forte impulso que nos permita a aproximação aos países mais competitivos do Mundo, exactamente os países nórdicos que têm sido governados na maior parte do tempo por partidos próximos do PS.
Também no Barreiro a autarquia PS permitiu dar uma visibilidade moderna à nossa terra como centro de inovação em que o Masterplan e o Polis irão redefinir uma relação ambientalmente equilibrada com o Tejo.
Um Governo do PS, com maioria absoluta para ser responsabilizado pelas políticas a adoptar, é a melhor parceria para a dinâmica de desenvolvimento do Barreiro.
A escolha a 20 de Fevereiro é entre a continuidade das trapalhadas e o desafio do desenvolvimento económico com justiça social e inovação tecnológica.
Todas as sondagens dizem que o distrito de Setúbal pode ter um papel decisivo nesta mudança. Têm a palavra os barreirenses…
* Deputado do PS à Assembleia da República