“A legislação do Aborto Livre é a passagem de uma fronteira.
Essa não é a sociedade humana que sempre idealizei (…)“
Professor Sousa Franco
Como se já não bastasse haver os Burocratas no aparelho de Estado, e os Tecnocratas nas empresas, parece que agora termos também, para mal dos nossos pecados, alguns dos nossos políticos transformados em verdadeiros SEXOcratas.
Sim, o que está em voga, e é hoje em dia politicamente correcto discutir principalmente pelos nossos políticos, são assuntos que tenham a ver com Sexo. Os nossos órgãos de comunicação social não se cansam de falar nas uniões de facto entre homossexuais (nalguns casos até com direito a adopção), na pílula do dia seguinte (leia-se pílula abortiva) e agora ultimamente voltou-se a falar, através do novo governo do Partido Socialista, meu partido, no ABORTO, ou como alguns costumam dizer, Interrupção Voluntária da Gravidez, assim talvez seja menos doloroso para eles...
Será que os problemas na Educação, na Saúde, o Emprego, a Habitação não serão assuntos muito mais importantes e que nos deverão preocupar como cidadãos portugueses? Parece que não! O que importa são estes “fait divers” como o aborto, que volta a estar na ordem do dia, e que para mim, socialista, e com responsabilidades de dirigente, infelizmente volta a estar como principal prioridade.
Depois de ter sido chumbado inúmeras vezes na Assembleia da República, e num referendo, com apadrinhamento por parte de alguns órgãos de Comunicação Social, os defensores do Aborto Livre, voltam de novo à carga.
Ás vezes imagino se no referendo o “Sim” tivesse vencido e nós Pró Vida viéssemos dizer que teríamos que fazer um novo referendo, ou simplesmente aprovar uma lei no sentido contrário o que nos iriam chamar... Como costumo dizer, são as chamadas formas democráticas de encarar as situações, isto é, a democracia é boa quando convém, quando não convém, nem por isso...
Mas o que me entristece em tudo isto, é que as pessoas falam do aborto já como uma questão política, e nalguns casos mesmo como um negócio. Lembro o caso dos Estados Unidos, em que a morte de bebés já envolve mais de um bilião de dólares por ano, ou ainda o caso da vizinha Espanha onde o número de abortos legais aumenta ano após ano... mas que sociedade é esta que nós queremos, em que quem manda esquece que o que está em causa é a VIDA, uma VIDA única, irrepetível e que deve ser respeitada.
Mais uma vez aqui deixo e reafirmo as convicções que me levam a dizer “Não” ao aborto:
- A morte nunca foi solução nem resposta para nada.
- Não quero que o dinheiro dos meus impostos seja investido numa politica de morte.
- Não posso concordar que exista o aborto livre a um simples pedido da mãe, isto é, que até às 10 semanas um ser humano fique sem qualquer protecção legal.
- Defendo que tem que se valorizar a maternidade, promovendo redes de solidariedade social que ofereçam alternativas concretas às mulheres grávidas em situação difícil.
- O aborto não se combate legalizando, mas sim em verdadeiras alternativas solidárias numa educação sexual esclarecida, um planeamento familiar sério e uma sociedade solidária numa perspectiva futura de apostar na prevenção.
Amigos e pessoas do meu partido com responsabilidade política no meu distrito e no país, muitas vezes já me aconselharam a não falar nestas matérias porque “estava a queimar-me“, e que estaria a hipotecar uma possível carreira política, mas respondo sempre na mesma forma:
Esteja onde estiver, exerça os cargos que exercer, pugnarei sempre pela Vida!
*Dirigente do Partido Socialista
Militante Honorário da Juventude Socialista