O Caso das Placas Roubadas
Um grupo de jovens socialistas esteve, com dedicação, durante mais de um mês, a fazer, com as suas próprias mãos, doze placas de dimensão 60X40cm e 1,5 m de altura, com tubo, para que fossem presas ao chão. Para as fazer, estes jovens recolheram materiais no ferro-velho e transformaram os materiais em algo de útil e com “ bom ar”.
A concretização deste trabalho visava as quatros rotundas, abandonadas à muito, da ex-estrada nacional 11, entre a Moita e Alhos Vedros.
Com um respeitador sentido de humor, as placas tinham dizeres como “Proibido Acampar”, “Proibido pisar a relva”, “Reserva Natural – Proibido Fumegar” e “Proibido vazar entulho”. Com este espírito crítico “arejado” a Juventude Socialista do Concelho da Moita procurava dizer que aquelas quatro rotundas, cheias de capim, já mereciam atenção.
Os mesmos jovens colocaram, em cada uma das quatro rotundas, três dessas placas numa noite do final do mês de Maio, de 27 para 28. Terminaram a sua colocação às 02:30 horas. Na manhã seguinte, pelas 07:30 horas, ainda lá estavam as placas que certamente despertaram a atenção de quem teve a oportunidade de as ver. Hora e meia depois, pelas 09:00 horas já lá não estavam!
Registe-se que, o pé de cada placa estava bem fixo com um considerável bloco de cimento enterrado. Para retirar 12 placas bem fixadas, dispersas por 4 rotundas, em tão pouco tempo, foram precisos meios…
Meios para as arrancar, meios para as transportar, …
Procurámos pelas placas, mandámos informação à imprensa, perguntámos à Câmara, através dos seus mais altos representantes. Desconheciam o assunto.
A propósito dessas rotundas, uma delas, cerca de menos de duas semanas depois, foi vedada! Começaram as obras! Antes de ontem, vedaram outra!
O Caso do Estudo de Opinião
Sou da opinião de que, sempre que possível, tendo em conta a capacidade financeira, devem ser feitos estudos, junto da população, no sentido de avaliar o seu grau de satisfação relativamente às opções e aos resultados de uma gestão. Portanto, entendo os estudos de opinião como auxiliares privilegiados do processo de administração de políticas públicas.
O que não entendo, não aceito e denuncio é o “trabalho” encomendado pela Câmara da Moita a uma empresa da especialidade, por uma valor de 24.600 € + IVA, no sentido de, em pleno período pré-eleitoral, querer saber, para além do grau de satisfação sobre as obras realizadas, o que achava a população da oposição, dos vereadores, pedindo que fossem classificados nominalmente (!), e, ainda, avaliar a notoriedade do Presidente da Câmara! Vá lá que não perguntaram em que partidos iam votar, em Outubro próximo!
A menos de quatro meses de eleições autárquicas quem consegue explicar que uma Câmara gaste dinheiros públicos para, a pretexto da análise da imagem institucional, do índice de notoriedade da actividade e projectos municipais e do índice de satisfação em relação à actuação autárquica, obtenha informação que, sem qualquer interesse para a gestão autárquica, só serve para avaliar como a população se situa em relação à actuação CDU!
Nesta altura do “campeonato” estes estudos são feitos, habitualmente, pelos partidos ou pela imprensa para perceber /”adivinhar” quem pode ganhar as eleições que estão aí “à porta”!!!
O Caso da Gestão a Reboque
O Partido Socialista do Concelho da Moita, desde há dois anos, que, de forma intensa, vem contactando as populações. Autarcas, militantes e simpatizantes têm-se privado dos pedaços de noite, dos fins-de-semana e, num espírito empreendedor e dinâmico, decidiram, definitiva e intensamente, denunciar uma “gestão por impulso”, com 30 de anos de asfixiante existência.
Numa primeira fase, a Câmara foi ignorando a actuação na expectativa de que “eles hão-de cansar-se”. Mas, “eles não se cansaram”! Mantiveram-se firmes, coerentes e prosseguiram o seu trabalho. Agora, chegada a recta final, a Câmara PCP/CDU, no desespero, quer, ao colocar o concelho em alvoroço, de que o exemplo mais flagrante é a freguesia da Moita, deitar “poeira para os olhos” da população e esperar que a memória dos nossos concidadãos seja tão curta quanto a actuação deles ao longo dos anos. As intervenções na via pública atrapalham-se umas às outras e os cortes de trânsito permanentes e em diversos locais ao mesmo tempo transformaram a freguesia da Moita numa confusão.
Penso que todos vós, que de algum modo vêm acompanhando a nossa actividade no terreno, se aperceberam que os locais intervencionados foram-no depois de nós os denunciarmos como inaceitáveis. Mas, porque o desespero é visível iniciam obras sem ouvir os moradores (Ex: Praceta 1º de Maio - Moita), fazem opções duvidosas no plano dos resultados (semáforos no entroncamento perto do Chão Duro para a Escola Secundária da Moita), colocam outdoors onde já deviam ter obras concluídas ou, pelo menos, iniciadas (Piscina da Moita), ….
É certo que os fizemos despertar mas, porque infelizmente lhes falta rumo, estão a fazer intervenções em desespero de causa e a deixar a factura – uma grande factura – para quem vier a seguir.
PS: Dívida de curto prazo, em 30/5/05: Despesas correntes = 1.198.586 €; Despesas de Capital = 2.682.280 €; Compromissos assumidos a serem facturados: 11.578.890 €
*Candidata do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal da Moita
e-mail: psmoita@zmail.pt