Em 2012 foram 50 as famílias que receberam este tipo de ajuda por parte do município e em 2013, em apenas 8 meses, já tinham sido auxiliados 46 agregados familiares, com um total de 18.521 euros, contra os 13.940 euros correspondentes a todo o ano de 2012.
As comparticipações para o pagamento da renda de casa são as mais solicitadas e concedidas nos dois anos, seguidas das comparticipações em medicamentos, consultas e tratamentos. Em terceiro lugar, no conjunto dos dois anos, estão, com iguais valores, a comparticipação pontual noutras despesas de habitação, como o pagamento da energia elétrica, e a comparticipação em géneros alimentares e bens de primeira necessidade.
Segundo a informação fornecida pelo Sector de Educação e Ação Social, estas ajudas têm servido sobretudo para colmatar necessidades derivadas da ausência total de rendimentos por parte dos cidadãos, devido a atrasos no deferimento de processos de rendimento social de inserção, dependente do Instituto de Segurança Social. Por outro lado, refere-se que têm aumentado os casos da denominada “pobreza envergonhada”, resultantes do desemprego em indivíduos que nunca tinham enfrentado este problema, fazendo com que as famílias se tornem, de um dia para o outro, incapazes de assumir os seus encargos financeiros ou sequer assegurar as despesas de subsistência, só recorrendo ao apoio numa fase limite.
Por fim, os técnicos realçam que, embora se tenham encaminhado muitas situações de carência através da articulação com outras entidades no terreno, é pertinente avaliar se existe dificuldade de acesso a estes auxílios fora da sede de concelho, visto que todos os que a eles recorreram residiam em Alcácer do Sal.
Foto: CM Alcácer
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